Exploradores sul-americanos procuraram restos das civilizações antigas na cidade de Salta, na Argentina, quando deparam-se com uma adolescente e duas crianças que estavam congeladas. O que chamou a atenção dos pesquisadores é que o corpo de todos se manteve de maneira intacta.
O corpo da adolescente foi identificado como o da princesa Inca, Llullaillaco, que teria 15 anos quando foi congelada. As outras duas crianças 7 anos e 6 anos. Mas, o que impressiona é o tempo que ficaram congelados até serem encontrados: 500 anos. Conforme as investigações, os três teriam sido sacrificados em um ritual religioso.
Era comum nos povos antigos da América do Sul e Central, como os Incas e os Maias, sacrificarem pessoas como uma oferenda aos deuses. Algumas das tradições davam conta de que quem fosse sacrificado para ajudar o povo, principalmente para receber boas colheitas e o tempo ajudar para não ocorrer catástrofes naturais, iria direto para o paraíso, viver ao lado dos deuses adorados pelos reis e pela população.
Para pesquisadores do mundo inteiro, os corpos encontrados são as múmias mais bem conservadas encontradas até hoje. O que surprepreende é que os cádaveres se manteram intactos por causa do frio. Ao examinarem as crianças, notou-se que todos órgãos estavam intactos. Apenas a pele e a fisionomia dos sacrificados estavam um pouco afetadas. Conforme os exploradores, não pareciam múmias, mas sim um trio que estaria apenas dormindo ali.
Ainda de acordo com as investigações de historiadores, os três teriam sido sacrificados em um ritual chamado Capacocha, onde a adolescente e as crianças foram bem alimentadas durante um ano inteiro, para no ano seguinte serem drogadas e deixadas em cima de um vulcão, que recebe o nome de Llullaillaco. Depois de certo tempo, foram colocadas em passagens subterrâneas, onde congelaram. Os Incas acreditavam que as crianças não morriam, mas sim que tornariam-se anjos.
Os exploradores acreditam que existam mais corpos no mesmo lugar, mas que não serão retirados para respeitar o povo local, que trata a locação como uma espécie de santuário. No laboratório, os cientistas trabalham em uma temperatura abaixo de 0 grau para os corpos se manterem intactos. Não há previsão de que essas múmias sejam expostas. Os pesquisadores ainda colhem o DNA das crianças para fazerem descobertos. Uma delas, por exemplo, é que a adolescente estava com sinusite.