Três meses e um único homicídio registrado. Esta é a realidade da cidade de Catolé do Rocha, situada no sertão do Estado. A queda nos índices de assassinatos está ligada diretamente ao trabalho de uma Força-tarefa, que tem o objetivo de combater crimes contra a vida e reforçar ações de prevenção qualificada à violência. Antes da medida, a cidade chegou a registrar 29 assassinatos.
Formada por policiais do Grupo de Operações Especiais (GOE) da Polícia Civil, da Delegacia Seccional de Santa Rita, da Delegacia de Homicídios de Campina Grande e da Delegacia de Homicídios de Patos, além das Polícias Militar, Penal, do Corpo de Bombeiros Militar, e dos setores de inteligência das instituições, a Força-tarefa atua desde o dia 25 de junho e, desde então, foi responsável pela prisão de 20 pessoas, apreensão de 15 armas de fogo, cumprimento de mais de 30 mandados de busca e apreensão e conclusão de 20 inquéritos policiais com representação.
De acordo com o delegado Sylvio Rabelo, titular da 3ª superintendência Regional da Polícia Civil e coordenador da Força-tarefa, 80% dos envolvidos nos crimes acontecidos este ano em Catolé do Rocha estão presos. “Dos 30 homicídios que aconteceram na cidade este ano prendemos os responsáveis por 25 deles”, diz. Ele também destaca a importância do trabalho integrado para o sucesso das investigações. “É muito importante ter uma Força-tarefa com policiais de todas as áreas do Estado. Isso foi fundamental para o êxito dos trabalhos. A maioria dos crimes já foram desvendados e os criminosos presos,” ressalta.
Diante dos resultados positivos, a Secretaria da Segurança e da Defesa Social decidiu estender os trabalhos da Força-tarefa, que a princípio atuaria por 90 dias. Agora o objetivo é solucionar os crimes cometidos no ano de 2019 e prender todos os integrantes das duas facções criminosas que atuam na cidade de Catolé do Rocha e região.
Radar Sertanejo