Passei o sábado em Campina Grande e vi duas coisas: Cássio Cunha Lima não foi à abertura do dito Maior São João do Mundo e Ricardo Coutinho deixou os adversários com os cabelos arrepiados.
Primeiro a ausência de Cássio.
O senador é de Campina Grande. Campina é seu porto seguro. As eleições que ganhou, deve mais a Campina do que ao resto do Estado. Mas se desgastou. No São João do ano passado, quando começava seu discurso abrindo os festejos, foi saudado com imensa vaia. O pisca-pisca foi ligado.
Do São João do ano passado para o deste ano, o senador experimentou alguns desgastes. O maior deles foi a citação na delação da Odebrecht. Um inquérito foi aberto no Supremo para apurar denúncia de recebimento de dinheiro.O senador teve medo.Se no ano passado, com coisa de menor porte, foi vaiado, imaginou que agora, depois da fuzilaria da Odebrecht,a vaia seria retumbante.
Agora vejamos o que aconteceu com Ricardo Coutinho.
O governador foi a Campina autorizar o asfaltamento da estrada ligando Catolé da Boa Vista a Boa Vista, no cariri. A estrada, depois de pronta, permitirá ao viajante alcançar o cariri sem enfrentar o engarrafamento que vai de São José da Mata à Praça do Meio do Mundo. Encurtou a viagem e a tornou menos enfadonha.
Depois disso, inaugurou a nova Ala Clínica do Hospital de Trauma.
Em seguida, deslocou-se ao belo Parque do Bodocongó e lá abriu o Pólo do Programa de Inclusão Através da Música e das Artes. Teve até show. Os meninos do entorno de Bodocongó tocaram bonito. Violino, trombone, flautas, tudo bem afinadinho. Causou emoção geral.
Aí o governador fechou o firo. Inaugurou a reforma do Colégio Nenzinha Cunha Lima.E sabem quem estava ao lado dele, descerrando a placa? Simplesmente o tio do senador Cássio, empresário Renato Cunha Lima.
Eu estava lá e vi: uma multidão recepcionou o governador.Ele teve que se desdobrar, se dividir, se multiplicar para abraçar e ser abraçado.
De 7 da manhã a 10 da noite, só deu Ricardo Coutinho em Campina. Depois disso, o povo foi dançar forró no Parque do Povo. Sem a presença do senador.
FONTE: Tião Lucena