A Polícia Civil divulgou que já sabe quem foi o mandante do crime da menina Vitória Gabrielly, de 12 anos, assassinada em Araçariguama (SP). A informação foi passada à TV TEM nesta quarta-feira (4).
Ainda conforme a corporação, com o esclarecimento da motivação do crime, e que a garota foi morta por engano, o inquérito deve ser apresentado ao Ministério Público nesta sexta-feira (6). Uma testemunha contou que tem uma irmã com as mesmas características físicas de Vitória, devia R$ 7 mil a um traficante e recebia ameaças de morte.
Vitória Gabrielly foi encontrada morta oito dias depois de desaparecer ao sair de casa para andar de patins. Câmeras de segurança registraram os últimos momentos da menina em uma rua da cidade, próximo ao ginásio de esportes. (Assista ao vídeo abaixo)
Três pessoas estão presas suspeitas de participação no crime e foram indiciadas por homicídio doloso, quando há intenção de matar: o servente de pedreiro Júlio César Lima Ergesse, e o casal Bruno Marcel de Oliveira e Mayara Borges de Abrantes – todos moradores de Mairinque.
Crime esclarecido
Vitória Gabrielly foi morta por engano em um acerto de contas por dívida de tráfico de drogas, segundo a Polícia Civil. A hipótese era investigada desde o início do caso e, conforme a polícia, foi confirmada por uma testemunha ouvida no Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa, na capital.
A testemunha, que teve a identidade preservada, disse que recebia ameaças de morte por dever R$ 7 mil a um traficante, e que tem uma irmã com as mesmas características físicas de Vitória. Disse ainda saber que o traficante punia familiares de devedores.
Suspeitos presos
O primeiro suspeito preso pela morte de Vitória foi o servente de pedreiro Júlio César Lima Erguesse, de 24 anos, localizado após uma denúncia. O rapaz chegou a dar seis versões sobre o desaparecimento da menina, mas de acordo com o delegado seccional de Sorocaba, Marcelo Carriel, “o núcleo dos depoimentos, o itinerário”, sempre foi o mesmo.
Júlio afirma que saiu de Mairinque com o casal e foi até Araçariguama achando que buscariam droga. Entretanto, diz que Mayara obrigou a menina a entrar no carro.
O pedreiro disse à polícia que foi deixado em uma rua na volta para a cidade onde mora e que, portanto, não sabia o que aconteceu depois disso. A informação foi negada em depoimento pelo casal.
Laudos do Instituto de Criminalística de São Paulo concluíram que Vitória foi morta com um golpe “mata-leão”, provavelmente no dia 8 de junho, quando desapareceu, e que havia material genético de Vitória sob as unhas de Júlio.
Cães farejadores também sentiram o odor de Bruno no local onde o corpo foi encontrado, às margens de uma estrada rural em Araçariguama, no bairro Caxambu.
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