Após uma reportagem sobre grampos ilegais em que a deputada estadual do Mato Grosso Janaína Riva (PMDB) aparece dando entrevista ao Programa Fantástico repudiando o fato de seu telefone ter sido incluído ilegalmente em uma lista de escutas autorizadas pela Justiça, a imagem da parlamentar apenas de camisola foi parar em grupos de WhatsApp.
Qual não foi a surpresa da deputada em detectar que uma das pessoas que divulgou foi nada mais nada menos que um secretario de Estado do Governo de Mato Grosso?
Bastante indignada com a situação, Janaína Riva procurou a polícia e prestou queixa contra Kléber Lima, titular da pasta de Comunicação. Na mensagem que acompanha a foto, o gestor público compartilhou também a seguinte pergunta: ‘quem iria invadir a privacidade da ilustre deputada, se ela mesma a faz?’ A imagem foi compartilhada por Kléber Lima neste domingo (14), logo após a reportagem sobre grampos clandestinos no núcleo de inteligência da Polícia Militar do estado ser veiculada. A parlamentar foi uma das pessoas que tiveram os telefones grampeados ilegalmente. O esquema foi denunciado por um promotor de Justiça.
Até o momento Kléber Lima nãilde;o se manifestar sobre o tema, que gerou muita polêmica nos bastidores da política mato-grossense.
O Boletim de Ocorrência foi oficializado na manhã desta segunda-feira (15), em Cuiabá. Da unidade a parlamentar já saiu sabendo que uma audiência entre as as partes foi agendada para o próximo dia 2.
Em seu perfil no Facebook, a deputada lamentou o episódio e disse estar estarrecida com o machismo imposto pelo homem público que também já foi secretário de Comunicação e de Governo de Cuiabá.
Ao saber pelos jornais da situação vexatória em que se meteu seu secretário, o governador do Estado, Pedro Taques (PSDB), informou que pediu à Secretaria Estadual de Segurança Pública (Sesp) que apure o caso. O mais irônico é que no centro da polêmica, como investigada, está justamente a Sesp, onde teria ocorrido os grampos ilegais.
O presidente da Assembleia Legislativa, Eduardo Botelho (PSB), foi forçado a se posicionar e enviou documento por escrito com críticas à postura de Kléber Lima, pedindo para que Taques e oriente a se desculpar publicamente por seu ato condenável.
Paralelamente, os deputados se reuniram nesta segunda-feira com o presidente do Tribunal de Justiça, Rui Ramos, para solicitar providências ao Judiciário sobre as escutas telefônicas clandestinas.
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