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O rompimento entre Cássio, Cartaxo e Maranhão é inevitável, diz Gilvan Freire

    O advogado e analista político Gilvan Freire afirmou que o rompimento da tríplice aliança entre Cássio Cunha Lima (PSDB), Luciano Cartaxo (PSD) e José Maranhão (PMDB) será inevitável em 2018, a partir da provável candidatura do prefeito de Campina Grande, Romero Rodrigues (PSDB) ao Governo da Paraíba. As declarações foram dadas em entrevista ao programa Sem Censura desta quinta-feira (15), na rádio Pop FM.

    “Há um clima de desconfiança e as atitudes deles só aumentam essa desconfiança. A atitude de Luciano em botar Zennedy no PMN mostra que ele está demarcando território. Por outro lado, as declarações de Rômulo não descartando Romero mostram que ele e Luciano já não falam a mesma língua.

    A candidatura de Romero tem o viés de proteger o grupo Cunha Lima a partir do seu próprio bunker, de sua própria cidadela política que é Campina. Cássio se fortalece no Compartimento da Borborema com a postulação de Romero e se blinda das incertezas na relação pouco confiável que tem com Maranhão e Luciano.

    Campina está ansiosa para voltar ao governo, elegeu Ricardo Coutinho em 2010 numa chapa com Cássio e Rômulo com essa finalidade, mas se frustrou. Agora vai apostar tudo em Romero. Cássio não pode nadar contra a maré”, disse.

    Ainda conforme Gilvan Freire, Cartaxo não consegue convencer a Cássio e a Maranhão a ser o candidato deles em 2018. “Luciano não lhes dá o trato político devido. Ricardo Coutinho também não dá.

    Quem sabe Romero venha dar esse trato. Seria uma divisão em busca de uma solução. Para ser candidato, Luciano precisa resolver esse problema sério da Lagoa, não pode deixar ranhuras na gestão no campo ético, isso pode aniquilar a sua candidatura”, afirmou.

    Gilvan Freire também minimizou uma eventual candidatura do deputado federal Veneziano Vital do Rêgo (PMDB) ao cargo de governador. “Ricardo tentou esmagar Veneziano na eleição municipal com a candidatura de Adriano Galdino e deu chabu.

    Um desastre estratégico. No final das contas, Ricardo se desinteressou pela candidatura de Adriano e deixou Romero se reeleger daquela forma retumbante.

    Se Veneziano der uma partida e ficar abaixo de 10% antes das convenções, desiste como desistiu em 2014. Nesse sentido, Romero está se lançando porque já esmagou Veneziano em Campina Grande. Veneziano é um candidato argentino, está mais para Tango do que para Forró”, finalizou Gilvan.

     

    Fonte: os guedes

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