Menores mortos em rebelião na PB tiveram corpos esquartejados e queimados; Um fugitivo foi recapturado

Um dos menores infratores que fugiram do Lar do Garoto, na cidade de Lagoa Seca, no Agreste do estado, neste sábado (3), durante uma rebelião foi recapturado em uma comunidade da cidade.

No tumulto, 7 adolescentes morreram e tiveram os corpos esquartejados e alguns deles carbonizados. Além dos mortos, 17 fugiram e dois ficaram feridos.

Segundo a Polícia Militar, o fugitivo tem 17 anos e foi pego pela PM quando estava caminhando apenas de bermuda e faminto pela comunidade ‘Virgens dos Pobres’. Ele responde por um homicídio na cidade de Nova Floresta.

O menor não esboçou reação e foi levado para o Lar do Garoto.

Os menores fugiram pela parte de trás do prédio e os que não conseguiram se rebelaram, tiveram acesso a setores onde estavam desafetos e não houve como controlar a situação.

A capacidade do Lar do Garoto é para 44 infratores em processo de ressocialização, mas atualmente a população ultrapassa os 200 adolescentes, que respondem por homicídio, estupro, tráfico, roubo e assalto.

O governo da Paraíba, através da Secretaria de Estado da Comunicação Institucional, e o Tribunal de Justiça da Paraíba, por meio do presidente da Corte, desembargador Joás de Brito Pereira Filho, emitiram notas oficiais lamentando a morte de sete internos em uma rebelião.

Em trecho da nota do TJPB, Joás de Brito diz que “a responsabilidade pela administração de tais unidades é do Poder Executivo e que o problema da superlotação pode ser resolvido com a construção de novas unidades para cumprimento de medida socioeducativa de internação, nomeação e capacitação de servidores”.

O governo do Estado, por sua vez, ao informar que “tomará todas as providências cabíveis para apuração exata de todo o fato e, consequentemente, punição, no âmbito administrativo, dos responsáveis por eventuais omissões, negligências ou excessos”, complementou afirmando que “não admitirá que instituição alguma se revista do direito absoluto da verdade e possa apontar o dedo acusatório sem antes mesmo olhar-se no espelho”.

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