Um alvará de soltura para Yuri Ramos Coutinho Nóbrega foi expedido na tarde desta terça-feira (15) pela juíza titular do 2º Tribunal do Júri da Capital, Franciluci Rejane Souza Mota. A assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça da Paraíba confirmou a decisão. Yuri é acusado de matar a namorada com um tiro de espingarda durante uma festa em João Pessoa no dia 23 de julho.
Luanna Alverga morreu após ser atingida na cabeça pelo tiro, disparado durante a festa de aniversário do namorado na casa dele, no bairro do Roger, em João Pessoa. O jovem se apresentou à Polícia Civil no mesmo dia e confessou o crime, mas defendeu que o tiro foi acidental e que achou que a espingarda calibre 22 estava sem munição. (Reveja o caso clicando caqui)
Yuri cumpria prisão preventiva desde que confessou o crime e o Ministério Público apresentou a denúncia contra o jovem no dia 7, quando também pediu a manutenção da prisão. Na denúncia, o promotor solicitou os laudos de exames realizados pela perícia no corpo da jovem, toxicológico e da reconstituição.
Arma tinha aparecido em foto
Em depoimento à Polícia Civil, Yuri explicou que o tio dele, apontado como dono da espingarda, havia comentado que os cartuchos estavam com defeito por serem antigos. Ele confessou que apontou a arma e puxou o gatilho, mas não esperava que ela estivesse com munição.
De acordo com o depoimento do namorado à polícia, Luanna queria ir ao banheiro, mas o local estava ocupado. Os dois foram até o banheiro que fica no quarto do tio do suspeito, nos fundos da casa, onde estava guardada a espingarda. No quarto, o jovem pegou a arma para mostrar a Luanna. Segundo o suspeito, uma semana antes do caso, ele havia enviado uma foto segurando a arma para a namorada.
Na ocasião, ele tinha explicado que a espingarda era para fazer a segurança da casa, porque vários assaltos estavam sendo registrados no bairro. Na versão do jovem, a ida ao quarto do tio acabou servindo também para mostrar a arma, tendo em vista que a foto enviada tinha sido tirada no local.
Yuri explicou ao delegado que investiga o caso, Joanes Eugênio, que o tio informou que os cartuchos estavam estragados e que iria jogar fora. Não foi a primeira vez que ele manuseou a arma e em todas as vezes, a espingarda estava sem munições.
Suspeito serviu ao Exército
O advogado da família de Luanna Alverga, Hilton Souto Maior Filho, revelou que Yuri havia servido o Exército durante um tempo. “Na versão dele o tiro foi acidental, mas ele serviu o Exército, sabia manusear a arma, pelo menos foi imprudente”, avaliou o advogado. Ainda de acordo com Hilton Souto Maior Filho somente a perícia e o exame cadavérico poderão apontar, de fato, se o tiro que matou a jovem de 20 anos foi acidental.
G1 Paraíba