Uma verdadeira tragédia aconteceu na manhã de quinta-feira, 05/07, em Assis Chateaubriand. Gilvane Bazanella Lulú, popular Gil, atropelou propositalmente e matou o secretário municipal de esportes, Elder Franzói Coutinho, ao invadir o ginásio e esportes Tancredo Neves com sua caminhonete S-10. De acordo com as investigações a morte foi por vingança.
Em depoimento a mulher de Gil confessou ter traído o marido com Elder. No atropelamento, mais dois adolescentes foram atingidos, um de 13 anos e outro de 8 anos de idade. Felizmente, eles foram socorridos e não correm risco de morte.
A princípio houveram várias versões sobre o fato. A primeira foi a do próprio motorista, que alegou que havia perdido o controle do veículo, tese que rapidamente foi descartada. Através das imagens da câmera de segurança do Auto Posto São José, constatou-se que que Gil ficou por 25 minutos estacionado atrás da borracharia anexa ao posto e saiu em direção a porta o ginásio de esportes, onde estava a vítima.
Pelo fato do local do acidente estar bem próximo do SAMU, Elder foi levado às pressas para o Hospital Beneficente Moacir Micheletto, mas apesar de todo esforço e dedicação dispensada pela equipe de plantão do hospital, Elder não resistiu aos ferimentos e faleceu. Os dois meninos sofreram ferimentos leves e passam bem.
A cena do crime indica que Gil estava totalmente fora de si. A colisão foi tão forte que a caminhonete, após atingir mortalmente a vítima e ferir os dois meninos, quebrou o portão e parte da parede, entrou dentro do ginásio, desceu pelas escadarias das arquibancadas e só foi parar em baixo da trave do gol, deixando o corpo der Elder banhado em sangue, estendido em um dos degraus da arquibancada e os dois adolescentes feridos.
O depoimento da esposa de Gil, Dcheimy Janayna Baessa, de 35 anos, evidencia que o crime foi passional. Na delegacia de polícia, ela confessou que teve um relacionamento com a vítima, inclusive havia contado para o marido. Dcheimy, que é professora e trabalha no Núcleo Regional de Educação, disse que a proximidade entre os dois, veio durante o trabalho que realizaram juntos nas fases dos jogos escolares municipais. Segundo o relato, ela teve um encontro com Elder em maio deste ano e esta teria sido a única vez.
Dcheimy explicou em depoimento que no dia 3 de julho, seu marido a questionou sobre uma mensagem estranha no celular foi quando então ela confessou ter tido um caso com Elder. Contudo, depois de conversar com o marido ela acreditou que ele iria superar a traição, e que em nenhum momento ele havia feito qualquer tipo de ameaça a ela e ao secretário. “Nunca imaginei que meu marido tivesse essa reação”, disse Dcheimy.
Gilvane está preso da 48ª DRP em atendimento ao pedido de prisão preventiva expedida pelo delegado, Dr. Thiago da Silva Teixeira.
A tragédia chocou a população, especialmente por se tratar de duas famílias tradicionais de Assis Chateaubriand; Coutinho e Lulú.
Uma das primeiras pessoas a chegar no local do acidente, foi o repórter policial Carlos Corujinha, que casualmente passava pelo local. “Eu que telefonei para a polícia informando a gravidade do fato. O motorista, Gil Lulú estava muito assustado e me disse que precisava sair urgente do local, temendo represálias dos familiares. Gil me deu seu telefone e saiu dizendo que não estava fugindo, apenas se precavendo. Quando a polícia chegou fiquei sabendo que Gil já tinha ido procurar a Polícia Militar e narrado a sua versão”.
O corpo de Elder foi levado ao o IML de Toledo para a necropsia e velado na Capela da Funerária Bom Samaritano, onde muitos amigos da família Coutinho foram se despedir. O seu sepultamento aconteceu ontem, (06) às 10h da manhã no cemitério Jardim da Paz, em Assis Chateaubriand, onde se encontra sepultados também seus avós.
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