Copa América da Argentina, em abril, será o primeiro desafio da equipe comandada por PC Oliveira, que promete uma rede maior de informações na busca por novos valores do futsal.

Terminada a última partida oficial de Falcão pela seleção brasileira é hora de virar a página e pensar na nova realidade. No próximo mês, o time verde-amarelo embarca para a Argentina onde disputa a Copa América – a data do torneio ainda não foi definida. Para a competição, o técnico PC Oliveira deverá utilizar a mesma base da vitória por 3 a 2 sobre a Colômbia. O grupo convocado contava com jovens valores como Marcel, Leandro Lino, Rocha e Neguinho e alguns nomes experientes como o pivô Deives e os goleiros Tiago e Guitta, ambos com experiência de Mundiais.

– É essa a equipe que deve ir para a Copa América, a gente precisa fazer o que precisa ser feito, preparar a seleção para 2020, mas já pensar em 2024. Com a retirada do Falcão, teremos um processo mais difícil e doloroso. Temos que olhar para os mais jovens e para os que estão se destacando nos clubes e querendo jogar pela seleção brasileira – afirmou PC.

Companheiro de Falcão no Sorocaba e goleiro titular da seleção nos Mundiais de 2008, 2012 e 2016, Tiago ressalta que o camisa 12 é insubstituivel. Apesar de reconhecer o talento da nova geração de jogadores que está servindo à seleção, o camisa 2 acredita que é hora de dar mais ênfase ao jogo coletivo.

– É uma grande perda para a seleção. Agora a gente tem que buscar não um substituto para o Falcão e sim uma força a mais na coletividade. Vai ser um trabalho árduo conseguir fazer isso. Essa é a hora de testar as peças que ele (PC) acha ter condições de representar o Brasil daqui a três anos e meio. Confio no trabalho do PC e entendo que ele está testando diversos jogadores para ver quem se encaixa no coletivo que ele almeja – analisou.

Eleito o melhor jogador da Liga Nacional de Futsal do ano passado, o pivô Deives acredita que Falcão ainda poderá ajudar a seleção brasileira do lado de fora. Campeão da Supercopa pelo Carlos Barbosa no último sábado, o “Baixinho Bom de Bola” foi colega de clube de Falcão no Santos, em 2011, e no Orlândia, em 2012, quando conquistaram o título da LNF nas duas oportunidades.

– O Falcão é o maior gênio da história do futsal, ele fez coisas que ninguém conseguiu fazer e deixou um legado enorme para o esporte. Ele vai fazer muita falta dentro de quadra, mas de repente ele pode ajudar fora. Jogamos juntos no Santos e Orlândia, sempre conversamos e lembramos dos momentos juntos. Me sinto honrado de poder falar para os meus filhos que joguei com ele – disse.

PC Oliveira tem rede de informações para buscar novos valores

Com uma comissão técnica multidisciplinar grande, PC Oliveira revelou que um dos pilares do seu trabalho até 2020 é a formação de uma rede de informações para buscar novos valores do futsal. Além de passar a dialogar mais com os treinadores da equipe, o técnico do Brasil conta com um grupo de observadores, que têm circulado por jogos dos campeonatos nacionais e internacionais em busca de talentos desconhecidos.

– Já iniciamos o nosso trabalho de investigação, olhando para todos os clubes do Brasil. A maioria dos treinadores está visitando os clubes e vendo os jogos, então a juventude precisa estar presente. Temos que olhar o Norte e o Nordeste também. Vamos fazer um cinturão de informações para não sermos injustos, deixando de dar oportunidade a todos – frisou.

Acumulando a função de técnico da equipe de futebol da Ferroviária, PC Oliveira voltará a trabalhar exclusivamente na seleção brasileira a partir do fim do Campeonato Paulista. A ideia do treinador é trazer para a quadra alguma experiência adquirida no campo.

– É uma via de mão dupla. Dá pra levar conhecimento daqui para lá e trazer coisas novas de lá para cá. O trabalho no campo me despertou algumas coisas que eu que fui jogador de futebol de campo ainda não tinha percebido. Agora é colocar tudo em prática, ajudar a Ferroviária a sair dessa situação difícil no Paulista e vir com tudo para a seleção.

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