Escolas participam do I Ciclo de Vivências em Educação Emocional e Social, em Catolé do Rocha (8ª GRE), na Paraíba

Nos dias 5 e 6 (terça e quarta-feira), a Secretaria de Estado da Educação da Paraíba (SEE-PB), junto à 8ª Gerência Regional de Educação (GRE) e ao Núcleo de Ação Pedagógica (NUAP), realizou o I Ciclo de Vivências em Educação Emocional e Social a fim de promover o compartilhamento de conhecimentos e experiências adquiridas pelas escolas estaduais, após a implantação da educação socioemocional na rede pública. O encontro aconteceu em Catolé do Rocha, no auditório da Gerência Regional e reuniu profissionais da educação, educandos e familiares.

Desde 2013, o Governo do Estado da Paraíba, por meio da Secretaria de Estado da Educação (SEE), oferece uma metodologia de Educação Emocional e Social, a Liga Pela Paz, nas 14 Gerências Regionais de Educação. Milhares de alunos do Ensino Fundamental I e II, Ensino Médio e suas famílias já tiveram a oportunidade de aprender a lidar com as emoções. O objetivo de proporcionar mais qualidade de vida ao aluno e construir uma Cultura de Paz vem sendo alcançado com sucesso a cada ano. O educador descobriu que pode ir muito além do ensino tradicional e conduzir atividades que abordam o diálogo, o respeito, a empatia, a resiliência para, assim, preparar o educando para os desafios da vida.

Durante o encontro, a aluna do Ensino Médio, Maria Kérvia Ferreira, da Escola José Serafim de Lima, no município Mato Grosso, atraiu a atenção de todos ao comentar sobre as mudanças que ocorreram em sua turma. “A Educação Emocional e Social nos ensinou muito sobre o respeito ao próximo. Hoje trabalhamos em grupo, aprendemos a ser solidários com os colegas ao ponto de dedicarmos parte de nosso tempo para ajudar aqueles que precisam de apoio em alguma disciplina. O diálogo, a compreensão, o carinho estão mais presentes em nossa rotina escolar e familiar, e isso faz uma enorme diferença na vida de todos”, enfatiza Maria.

Dialogar, sair do isolamento e compartilhar suas emoções. Foram essas as práticas que a aluna Júlia da Silva Vieira, do 5º ano da EEEF José de Sá Cavalcante, ressaltou em relação ao desenvolvimento da educação socioemocional. “Antes não nos importávamos muito uns com os outros, era cada um na sua. A partir das atividades de Educação Emocional e Social nos tornamos mais companheiros e todos estão participando mais das aulas. A gente forma grupos para falar de como estamos nos sentindo naquele momento e isso ajuda bastante a nos expressarmos”, comenta Júlia.

As atividades Painel das Emoções, Quietude e Atenção e o Grupo de Diálogo foram bastante citadas durante o I Ciclo de Vivências. Os professores falaram da contribuição dessas práticas na identificação do estado emocional do aluno em sala de aula, permitindo ao educador analisar, compreender situações conflituosas, inclusive casos de violência que os alunos estejam convivendo, e ajudar a superá-los.

Para a gestora da Escola Américo Maia, Alcileide Andrade, a metodologia tem auxiliado na mediação de conflitos e colaborado para a redução da violência, por meio do diálogo e do respeito. “Desde a implantação em nossa escola, a Educação Emocional e Social vem conseguindo provocar mudanças bastante benéficas para a vida do educando e do educador. Muitos apresentam melhorias de comportamento, convivência e aprendizagem. Isso tem nos dado condições de enfrentar com sabedoria e sensibilidade os casos de violência que surgem no ambiente escolar. Antes não sabíamos como lidar com essas situações”, comenta.

A família foi referência para algumas experiências apresentadas pelos educadores e educandos no encontro. Maria Débora Damasceno, Apoio Pedagógico da EEEFM Padre Aristides relatou que, neste ano, a escola localizada em Bom Sucesso, atingiu a maior média do IDEPB (Índice de Desenvolvimento da Educação da Paraíba) no Ensino Médio. “Ultrapassamos nossa meta que era 3,91 e saltamos para 4,34. Nossa avaliação diante desta melhoria nos remete à iniciativa do Governo da Paraíba em implantar a Metodologia Liga Pela Paz, que trabalhou não apenas as emoções, mas também o foco na aprendizagem, a valorização, o respeito, a responsabilidade que os alunos devem ter no seu ambiente escolar e familiar”, explicou Débora.

O chefe do NUAP da 8ª GRE (Catolé do Rocha), Hélio Custódio, discorreu sobre as experiências apresentadas pelas escolas e destacou que, a partir das reflexões compartilhadas, serão traçadas novas estratégias para 2018. “As escolas desenvolvem efetivamente a Educação Emocional e Social e compreenderam os objetivos a serem alcançados. Temos belos relatos de gestores, professores e até familiares que elogiam as mudanças que estão acontecendo no comportamento dos filhos. Foi muito importante a adesão da Secretaria de Estado da Educação à Educação Emocional, oferecendo a oportunidade do educador conhecer a realidade do aluno, da família e poder trabalhar de maneira coletiva e integral as competências emocionais de cada um”, comentou Hélio.

Marta Medeiros, gerente executiva de Educação Infantil e Ensino Fundamental da Secretaria de Estado da Educação, diz que o I Ciclo de Vivências torna-se importante não apenas para a 8ª GRE, mas também para todas as demais gerências, alunos, professores, para que partilhem práticas exitosas em relação à educação socioemocional. “É uma forma da rede trabalhar a diversidade, de uma maneira bem dinâmica, envolvendo habilidades que possam compreender a finalidade estratégica da Liga Pela Paz, levando aos alunos a criatividade, a compreensão de trabalhar, de fato, com espírito colaborativo. O Ciclo de Vivências traz um importante momento reflexivo para a Secretaria, que desde 2013 desenvolve a Liga Pela Paz, uma metodologia já consolidada na educação estadual da Paraíba”, analisou Marta Medeiros.

 

Fonte: Inteligência Relacional

Posts Similares