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Deputado chama Cássio, Maranhão e Lira de “cínicos” por livrarem Aécio

    O deputado estadual Anísio Maia (PT), criticou na manhã desta quinta-feira, 19, a bancada de senadores da Paraíba que ajudaram a “salvar” o senador mineiro Aécio Neves (PSDB) da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que o afastava do exercício do mandato, por corrupção passiva e obstrução de justiça.

    “Os senadores da Paraíba votaram para livrar um corrupto e se igualaram a ele em cinismo. Alegaram que era para garantir a autonomia do Senado, mas, não era isso que estava se discutindo.  No dia anterior o STF já tinha garantido que a palavra final para o afastamento de um parlamentar cabia ao Congresso. O que estava em questão era se um senador comprovadamente corrupto, com provas materiais, poderia ou não continuar exercendo o seu mandato. Os senadores da Paraíba foram cínicos”, protestou Anísio Maia.

    Para  concluir o deputado acrescentou: “A situação é tão descarada que até Eduardo Cunha, preso em Curitiba, em artigo publicado hoje, pediu para receber o mesmo tratamento que Aécio Neves. Os senadores paraibanos fazem parte desta farsa, mas, precisarão enfrentar as urnas ano que vem”.

    Tucana quer queda de Aécio

    Diferente do pensamento do seu colega de legenda Cássio Cunha Lima (PSDB), que ajudou Aécio Neves (PSDB) a não ter sua denúncia levada a diante, a deputada estadual Eliza Virginia (PSDB) defendeu o afastamento do tucano, para que o Senado Federal não continue passando por “saia justa” e possa se manter “o mínimo de decência, ética e moral” entro da Casa.

    “Eu no lugar do senador Aécio Neves, eu me retiraria, pediria licença e me afastaria, não só do Senado da República, mas também da presidência do partido. A Casa passou por uma saia justa e não foram só os senadores da Paraíba. Para ter o mínimo de decência, ética e moral Aécio deveria se afastar e cuidar da sua defesa. Temos um princípio da constituição brasileira que se chama presunção de inocência, até que se prove, que se seja julgado e condenado, o acusado não pode ser punido”, explanou.

    A tucana, em um discurso fervoroso, também defendeu o afastamento de qualquer parlamentar das suas funções, ao “mínimo sinal de corrupção”. Na opinião Eliza, a corrupção se tornou cultura no Brasil, que vive uma crise de falta de ética e moralidade que não deve mais ser duradoura.

    “No mínimo sinal de corrupção deveríamos sim ser afastados das nossas funções e do dia a dia, dentro dos gabinetes. No Brasil infelizmente isso está se tornando cultura, que está enraizada desde aquela criancinha que fura a fila da merenda na escola. Essa cultura que não é problema nenhum se estacionar na vaga de deficiente físico ou fazer um gato na energia no seu negócio ou na sua casa. Estamos vivendo uma crise grande de falta ética e imoralidade, não podemos deixar que isso perdure mais. Nós, como representantes do povo, temos e dar nossos exemplos”, declarou.

    Paraíba Já

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