Vale tudo em nome da arte? Nos cinemas, Hannibal Lector (Anthony Hopkins) tira um pedaço do cérebro de Paul Krendler (Ray Liotta), frita e o serve à sua vítima em “Hannibal”, de 2001. O canibalismo involuntário do cinema virou uma polêmica apresentação artística em Riga, capital da Letônia, no começo de março.
O artista performático Arturs Berzinš, de 34 anos, fez uma apresentação intitulada “Escatologia” (em tradução do letão) na qual tirou pedaços das costas de um homem e uma mulher e serviu como comida para ambos, após fritar a carne em uma frigideira. A performance ainda foi transmitida ao vivo pelo Facebook, o que aumentou ainda mais a polêmica, já que pessoas desavisadas do conteúdo altamente gráfico – inclusive crianças – poderiam ter acesso ao conteúdo.
O burburinho foi tão grande na Letônia que grupos de pessoas denunciaram a apresentação artísticas à polícia, que alegou que nada errado foi cometido, apesar de, é claro, a exibição online ser algo que necessita de um debate.
Segundo o a página do Museu EN GRATA JJ, que sediou a performance, Berzinš teve a intenção de mostrar que o canibalismo é uma prática que os humanos terão que enfrentar no futuro, quando os fim dos tempos estiver se aproximando. O museu alega que a apresentação não é recomendada para menores de idade ou pessoas sensíveis, mas ela está disponível no YouTube sem nenhum tipo de restrição.