Aluno do ensino médio que engravidou professora vai receber US$ 6 milhões de indenização

direito oab concursos laura whitehurst professora
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Um ex-aluno americano de ensino médio que engravidou sua professora vai receber uma indenização recorde para casos desse tipo no país: US$ 6 milhões (cerca de R$ 19,2 milhões).

Em 2013, Laura Whitehurst, uma professora de inglês de 28 anos, foi condenada em quatro acusações por fazer sexo com menores de idade. Na época, ela dava aulas na Citrus Valley High School, na Califórnia. Laura foi condenada a um ano de cadeia e solta seis meses depois por bom comportamento em condicional. Mas seu nome ficará para sempre numa base de dados sobre agressores sexuais.

Ela manteve casos com três alunos. O relacionamento com um dos meninos começou quando ele tinha 16 anos e durou cerca de um ano. Ela engravidou e teve o bebê. Hoje, divide a custódia com o pai.

Entretanto, a família do jovem culpa a escola pelo caso. Segundo a promotoria, a direção da escola e do distrito escolar que a supervisiona sabiam do que estava ocorrendo, mas não informaram as famílias dos alunos nem a polícia. No processo, a família também diz que uma outra professora sabia do relacionamento entre os dois e que funcionários da escola interrogaram o aluno quando ela engravidou.

A escola e o distrito escolar prefiram fazer um acordo para tirar o caso dos tribunais, onde a indenização poderia ser maior. Ainda assim, é a maior indenização já paga por um órgão públicos dos EUA a uma vítima de abuso sexual, afirma a imprensa local.

“O tamanho do pagamento representa a gravidade do dano feito a este jovem e sua família e também destaca a extrema negligência com que o caso foi tratado pela escola, que fechou os olhos para a conduta criminosa de uma professora e falhou em proteger um aluno”, disse o advogado da família, Vince Finaldi, ao jornal Los Angeles Times.

Já os administradores escolares dizem que “querem fechar o caso”.

“Sentimos que poderia haver danos sérios a excelente reputação da escola e do distrito se os advogados tivessem permissão de arrastar os funcionários pela lama do caso todo de novo. A longo prazo, US$ 6 milhões é alto, mas poderia ser muito mais alto se tivessem conseguido um júri com empatia em outra cidade, olhando os fatos para achar um bode expiatório financeiro para os crimes e a conduta não-profissional de apena suma pessoa”, afirma o porta-voz do distrito, Tom DeLapp.

O GLOBO