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Menina de 11 anos sofre abuso sexual, é filmada e família foge de casa após prisão de suspeitos

    Um caso chocante – em todos os desdobramentos – foi registrado no fim de semana em Belo Horizonte, Minas Gerais e todas as sequelas e transtornos ainda estão longe do fim.

    Uma criança de 11 anos foi vítima de um estupro coletivo cometido por três jovens e o crime foi filmado. Não bastassem as atrocidades, a família da vítima ainda precisou fugir do lar às pressas ameaçada após os suspeitos pelos abusos sexuais serem detidos. Uma vaquinha foi criada para a criança e seus parentes conseguirem sustentar um novo abrigo.

    O crime ocorreu na Zona Norte de BH e o bairro será preservado pelo site BHAZ para minimizar ainda mais a possibilidade de identificação das vítimas – tanto a criança quanto seus familiares. O caso iniciou no começo da noite desse domingo, quando a menina de 11 anos brincava na rua com outros amigos. Em um determinado momento, ela alega às autoridades que os amigos foram embora e em seguida chegaram outros adolescentes que ela conhecia.

    No entanto, esses quatro meninos, com idades entre 12 e 13 anos, a pegaram com violência pelo braço e a arrastaram para um local mais ermo do que a pracinha onde estavam. A menina conta que tentou se desvencilhar em diversas ocasiões, mas não conseguiu. Ao ser arrastada para o ponto e ter suas vestes retiradas à força, a criança foi vítima de estupro coletivo.

    Um comerciante de 23 anos ainda presenciou a cena e decidiu filmar o crime sexual. Mas, segundo as investigações indicam, não com o intuito de denunciar o estupro coletivo, mas sim para divulgar nas redes sociais. E foi justamente dessa forma, assistindo ao vídeo do estupro coletivo, que o pai e o irmão da vítima descobriram o crime. Eles, então, foram até a casa dos autores para tirar satisfação e acionaram a Polícia Militar.

    Expulsão

    Três dos rapazes envolvidos no crime foram apreendidos pela PM – o quarto se apresentou entre o fim de domingo e início da madrugada de segunda. Eles alegaram que a criança de 11 anos abordou o grupo e realizou os atos sexuais. Uma das mães dos suspeitos chegou a dizer às autoridades que conhecia a “fama” da garota de 11 anos.

    O homem que filmou a cena também foi detido e levado à delegacia. Procurada pelo BHAZ, a “Polícia Civil de Minas Gerais informa que ratificou o flagrante do homem de 23 anos e que os adolescentes envolvidos foram imediatamente encaminhados à audiência. O processo encontra-se no Poder Judiciário, na Vara da Infância e Juventude em Belo Horizonte”.

    Após as detenções, a família da criança foi ameaçada. “Ou vocês se mudam daqui ou a gente volta e mata todos vocês”, teria dito um conhecido do grupo que fez uma visita à residência deles. A família precisou abandonar o lar às pressas.

    Solidariedade

    Chocados, os empregadores da mãe da vítima resolveram criar uma vaquinha online, a partir da qual contaram o caso usando nomes fictícios. “Vou começar do começo. A Joviana é empregada doméstica há muitos anos. Começamos a nossa relação com faxinas semanais e logo ela passou a ser exclusiva e com carteira assinada. Já são 21 anos!”, inicia o texto.

    “Joviana foi mãe de cinco filhos. Nesse tempo, acompanhei o crescimento de três desde pequeninos e o nascimento de outros dois. Infelizmente vivenciei com ela a morte dos dois mais velhos, 18 e 16 anos. Destino cruel de muitos jovens negros da periferia. Joviana, mesmo despedaçada, seguiu firme. Tinha mais três pra cuidar”, continua.

    “Dentre eles, a Carolina, que se parece com Catarina, nome da minha filha mais velha. A gravidez da Carolina ocorreu junto com a da Sarah, minha outra filha. Carolina completou 12 anos [a vítima ainda tem 11 anos]. Estuda. Brinca na rua de pegador. No último domingo, dia 18 de outubro, estava com amigas na rua de casa justamente brincando de se esconder quando foi abordada por um adolescente que ela já conhecia. Saíram juntos e o que se seguiu foi o horror”, afirma, antes de relatar o estupro coletivo.

    A vaquinha tem o intuito de quitar o aluguel do novo lar encontrado às pressas pela família da vítima e equipar minimamente a residência. A veracidade do ato de solidariedade foi checada pelo BHAZ. Para saber mais e contribuir, clique aqui.

    Fonte : BHAZ

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