Adaílton Gomes Souza, de 24 anos, morreu após ter sido perfurado com uma agulha de narguilé. A causa da morte foi traumatismo no coração ocasionado pelas perfurações. A principal suspeita é a namorada, Nicole Maria, de 19 anos, com quem ele vivia há dois anos em Aparecida de Goiânia (GO).
Adaílton era mecânico, tinha uma filha de 2 anos de um outro relacionamento e morava na casa da sogra. Segundo a mãe da vítima, Maria Gomes, o filho era humilhado pela namorada: “Falava que ia largar ele, ligava pra mim para ele ir buscar os ‘trens’ dele, depois mandava mensagem pra trás”.
No corpo do jovem, a perícia encontrou cinco perfurações, sendo uma no peito esquerdo e quatro na lateral do tronco, além de marcas de unhas no pescoço. A família disse ter sido avisada por um policial que Adaílton teve um infarto e não resistiu.
Para a tia do jovem, Maria Aparecida, o crime foi premeditado: “Foi planejado. A mãe dela e a irmã são cúmplices, que tavam lá na hora. Ninguém deu socorro pra ele”.
No dia do velório da vítima, à tarde, a família de Nicole saiu da casa e mudou de endereço.
Versão de Nicole
Segundo o delegado do Grupo de Investigação de Homicídios, Eduardo Rodovalho, a jovem se apresentou na delegacia por livre e espontânea vontade na tarde desta segunda-feira (21).
Em depoimento, Nicole Maria afirmou que os dois começaram a discutir por causa de um pastel. Ela não queria ir à feira e ele insistiu. Na volta para a casa a discussão se acalorou, ele disse que iria retirar os pertences e sair de casa. Ela então tentou impedir e ele acabou quebrando várias coisas, entre elas, o narguilé.
Na versão de Nicole, ele teria arremessado uma parte do objeto quebrado. Ela teria pego a outra parte e tentado bater nele. Em luta corporal, ela teria cravado o objeto no mamilo esquerdo do companheiro.
Sobre os hematomas no corpo da vítima, a suspeita alegou que achou que ele teria infartado e, por isso, o teria beliscado na tentativa de acordá-lo.
O delegado destacou que a mãe da jovem se mudou porque as famílias eram muito próximas e ela ficou com medo de represálias.
Agora a polícia monitora a suspeita e aguarda o laudo necroscópico de Adaílton enquanto ouve outras testemunhas para finalizar o inquérito.