Ataques simultâneos a duas mesquitas em Christchurch, na Nova Zelândia mataram ao menos 49 pessoas e deixaram 48 feridos nesta 6ª feira (15.mar.2019). As autoridades prenderam 4 suspeitos –3 homens e uma mulher. As identidades das vítimas ainda não foram reveladas.
As mortes ocorreram em 2 lugares diferentes, uma mesquita na avenida Deans e outra na avenida Linwood, ambas na cidade de Christchurch.
O massacre foi transmitido ao vivo pelo atirador no Facebook. Ele também publicou 1 manifesto de mais de 70 páginas com o título “A Grande Substituição”.
A publicação demonstra a intenção de ataque a muçulmanos. Faz referência a uma tese do escritor francês Renaud Camus, uma teoria conspiratória sobre imigrantes substituirem europeus e assim os“extinguirem”.
Veiculação em rede
As imagens estão em processo para que sejam bloqueadas na internet. Facebook, Twitter e Youtube vão responder pela transmissão do conteúdo.
As empresas comentaram o caso à CNN. O Twitter declarou que a equipe que gerencia situações emergenciais está tomando providências. O Facebook diz que está acompanhando comentários e irá excluir qualquer mensagem de apoio às ideias ou o atentado.
Em conjunto, Google e Youtube prestaram condolências às vítimas da tragédia, e informaram que removerão todo conteúdo chocante, violento e visual do atentado das plataformas.
Repercussão no país
A polícia de Nova Zelândia postou em sua conta no Twitter contatos para que as pessoas registrem o nome dos desaparecidos.
7/9 …for their ongoing co-operation and we would like to reassure members of the public that a large Police presence will remain in the city for the time being. The safety of the community is our priority.
— New Zealand Police (@nzpolice) 15 de março de 2019
Também na rede social, a primeira-ministra Jacinda Ardern disse que ondas de violência como esta não tem lugar no país. De acordo com ela, os imigrantes foram acolhidos pelos cidadãos da Nova Zelândia.
What has happened in Christchurch is an extraordinary act of unprecedented violence. It has no place in New Zealand. Many of those affected will be members of our migrant communities – New Zealand is their home – they are us.
— Jacinda Ardern (@jacindaardern) 15 de março de 2019
Ardern também pediu para que as pessoas seguissem as instruções da polícia local.
The person who has committed this violent act has no place here. To those in Christchurch; I encourage you to stay inside and follow the instructions of @nzpolice. The Police Commissioner will be making a public statement at 5pm. I will update everyone again later this evening.
— Jacinda Ardern (@jacindaardern) 15 de março de 2019
Repercussão internacional
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, prestou condolências e disse que o país fará tudo o que estiver ao alcance para ajudar a Nova Zelândia.
My warmest sympathy and best wishes goes out to the people of New Zealand after the horrible massacre in the Mosques. 49 innocent people have so senselessly died, with so many more seriously injured. The U.S. stands by New Zealand for anything we can do. God bless all!
— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) 15 de março de 2019
A rainha Elizabeth II lamentou pelo caso e saudou os serviços emergenciais e voluntários que atendem os envolvidos no atentado.
The Queen has sent the following message to the people of New Zealand.
I have been deeply saddened by the appalling events in Christchurch today. Prince Philip and I send our condolences to the families and friends of those who have lost their lives…(1/2)
— The Royal Family (@RoyalFamily) 15 de março de 2019